Apesar de sua origem precisa ser desconhecida, é fato que em na época de Henrique IV já se elogiava estes cães por sua tenacidade e alegria nos campos.
O nome Cocker Spaniel Inglês surgiu por volta de 1800 onde os menores de uma ninhada eram chamados de Cocker e os maiores eram os Springers. Com uma seleção genética foi que as raças se separam e sua evolução final foi entre 1870 a 80 graças ao criador James Ferow e seu cão chamado Obo. Os ingleses se esmeravam em fixar as qualidades que pareciam as melhores para a tarefa de caça e com isso diferenciar as raças entre si...
Exímio caçador de uma espécie de "galinhola", Woodcock, da qual deriva seu nome; o Cocker desempenhava muito bem sua função de encontrar e tirar de seu esconderijo não apenas a galinhola, mas também outras aves, para colocá-las ao alcance dos caçadores.
A partir da segunda metade do século XX, em função de sua simpatia e beleza, o Cocker conquistou também um posto de destaque entre os cães considerados "de companhia".
Nos Estados Unidos o primeiro clube da raça foi fundado em 1881 e muitos exemplares foram exportados da Inglaterra. A rapidez com a qual estes pequenos se fixaram e se espalharam pela América do Norte só comprovava a sua versatilidade como cão de caça e companhia. Inúmeros cockers passaram a vencer provas de field-trial (provas de campo) vencendo diversas outras raças na disputa.
Por todas estas qualidades, logo ganhou destaque nas principais cinofilias do mundo... inclusive na brasileira, onde a criação oficial tem excelente nível.
Alegre e disposto, são suas características de temperamento que o fazem um dos mais admiráveis cães de companhia, além de contar com um tamanho que possibilita que se adapte bem tanto a apartamentos quanto a casas. Não é do tipo que late muito, o que garante boas relações com os vizinhos.
Adora participar da "rotina do dono", e parece saber perfeitamente a que horas cada uma de suas atividades se desenvolve. Para ele, o melhor passatempo é mesmo seu dono, do qual dificilmente se desgruda com facilidade. Com estranhos o Cocker também demonstra a mesma sociabilidade.
Gosta muito de crianças e com elas seu instinto caçador proporciona horas de muita atividade. É, antes de mais nada, um cão muito preparado - geneticamente falando - para o trabalho (caça) e por isso mesmo não se adapta a ambientes onde não haja movimento adequado para ele. Na falta de estimulação correta, certamente procurará ele próprio por tarefas, o que pode gerar grandes e pequenos desastres domésticos. Justamente por toda esta energia, pode se dar muito bem na prática de esportes, tendo grande destaque nas competições de agility, devido ao seu porte pequeno e sua enorme agilidade.
O maior problema dos cockers foi justamente causado pela popularidade que a raça alcançou, o que fez com que pessoas desinformadas e visando apenas o "lucro" acasalassem exemplares sem qualquer orientação ou critério técnico. Os exemplares dourados - talvez influenciados pelo desenho "A Dama e o Vagabundo" - ganharam enorme mercado e foram eles os maiores afetados por desvios de temperamento e conformação. Mas infelizmente não foram apenas estes... durante o processo de expansão da raça (de maneira sem controle) não foram poucos os exemplares de todas as cores a apresentar desvios graves de comportamento - agressivos ou totalmente inquietos e mordedores.
Talvez até em função destes exemplares que em nada representam as verdadeiras características da raça, os cockers começaram a perder espaço para outras raças de companhia o que, aparentemente, está ajudando na melhora do quadro geral da criação.
Na escala de inteligência elaborada por Stanley Coren, em seu livro A Inteligência dos Cães o Cocker está na 18ª posição, o que se reflete na sua facilidade de aprendizado.
Quando filhote, o Cocker é um filhote expansivo e brincalhão, como bem convém a um pequeno caçador. Talvez por seu aspecto de ´pelúcia´ a compra por "impulso" da raça, sem a avaliação real das condições de criá-lo, seja mais forte do que para outras raças. Afinal, quem não se comove com aquelas orelhas pendentes e o olhar pidão de um cocker?
É do tipo que não foge de nenhum tipo de atividade ou divertimento, estando disposto a brincar, fazer "bagunça". Com o tempo, o crescimento e a educação - fundamental a qualquer raça independente do seu tamanho - tende a ficar mais tranquilo.
Aos seis ou sete meses, o cão já passou da fase da destruição, aperfeiçoando suas qualidades de companheiro.
A tosa do Cocker consiste basicamente em aparar o pelo do dorso, cabeça, base da orelha, cauda e almofada das patas, mantendo-se boas franjas nas orelhas, barriga e patas. A tosa deve ser feita por um profissional competente que conheça bem a raça pois é muito comum Cockers serem tosados como Poodles em Pet Shops.
Ainda quanto aos banhos… em excesso podem causar dermatites, caspas e eczemas. Para evitar estes problemas, a escovação diária é grande aliada, especialmente nas orelhas.
Outro grande atrativo da raça é sua variada gama de cores e apresentações. Todas as cores são aceitas, exceto os brancos.
Os cães chamados sólidos - são os que apresentam apenas 1 cor, enquanto os mesclados são chamados de part colors.
Há algumas recomendações especificas para evitar o acasalamento entre as variedades. Em tese, o acasalamento entre variedades só deve ser feito por quem tem muita experiência na raça em virtude dos problemas comuns quanto ao pelo (pelagem rala) advindos destes acasalamentos indiscriminados.
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